O Êxodo Web3 de Singapura: Como as Novas Regulações DTSP Estão Moldando o Futuro das Criptomoedas

A Mordida por Trás do Rugido da Cidade do Leão

Há cinco anos, quando fundei nosso fundo quantitativo em Singapura, a MAS parecia ser o tio favorito do Web3 – só incentivos, sem punições. Em 2024, o mesmo regulador agora brande as regras DTSP (Provedor de Serviços de Token Digital) como um chicote criptográfico.

Por que a mudança? Três letras: AML. Após o colapso da Terra/LUNA (US$ 40 bi evaporados) e da Three Arrows Capital (apesar do registro em Singapura), a MAS percebeu que ser ‘a Delaware da Ásia’ tem desvantagens quando suas empresas-fantasma escondem granadas.

Jiu-Jitsu Regulatório

O novo framework, válido a partir de junho de 2025, tem dois golpes mestres:

1. Judo Jurisdicional: Se seus desenvolvedores ou operações estão em Singapura, você está na rede da MAS. Minha análise mostra que isso elimina 83% das operações atuais ‘de fachada’.
2. Substância Sobre Sombra: Startups com escritórios virtuais e equipes em Bali? Precisarão de estruturas reais, compliance e monitoramento em tempo real dignos de um banco SWIFT.

O Grande Filtro se Aproxima

Auditando contratos inteligentes, vejo três caminhos:

• Os Conformados: Players institucionais como Anchorage Digital, que veem regulação como vantagem.
• Os Nômades: Equipes migrando para Dubai (VARA) ou Hong Kong (regime de ativos virtuais).
• Os Obituários: Cerca de 60% das entidades ‘registradas’ existem apenas no papel.

Singapura transformou a maturidade do Web3 de opcional para obrigatória.